quinta-feira, 2 de abril de 2009
Só podemos dar o que temos...
quarta-feira, 1 de abril de 2009
SEJA FELIZ AGORA
Quando somos crianças o nosso foco está em como nos sentimos diante do mundo, nosso interno se expressa sem pudor e restrições. Se estamos com fome, sono, felizes ou cansados, expressamos isso de forma natural.
Vamos crescendo, e a vida começa a nos apresentar regras para tudo, e tudo que vem do externo nos interessa, pois tudo é uma novidade. Colocamos os objetos na boca, mexemos onde não se deve, e assim vamos experimentando o externo.
A adolescência chega, e com ela, o embate do Eu com o Externo, ou seja, a minha vontade não está em harmonia com as regras da sociedade e não sou feliz assim. Os adolescentes passam a ser chamados de “aborrecentes” porque não são compreendidos, e por não serem compreendidos, acabam sendo, muitas vezes, radicais em sua forma de expressar.
A fase adulta chega e com ela as responsabilidades impostas pela sociedade, de se ter uma profissão, uma família, de ser alguém, mas tudo o que esse ser vai conseguir, é ser mais um personagem da sociedade, pois sempre, desde que começou a crescer e a experimentar as novidades, sempre buscou suprir as expectativas do externo, de ter que fazer isso ou aquilo, porque era o “certo” ou o “melhor”. Melhor pra quem? Certo pra que?
Esse adulto segue insatisfeito, separa-se, troca de família, de emprego e mais uma vez engana-se tentando mudar o externo. O que adianta? Nada. Se o interno não muda, nada muda. Nem a própria pessoa sabe o que a faz feliz, pois nunca sequer acessou essa informação. Nunca olhou pra dentro de si e disse: Sou feliz assim? Faço o que fica “redondo” em meu coração? O que vejo dentro de mim é o que vejo realizado fora?
Você percebe que não tem comprometimento com nada, nem com você próprio. Comprometer-se. Ao contrário do que muitos acreditam, não é algo ao qual nos prendemos, estar comprometido significa ser livre, pois o que o torna comprometido com algo ou alguém é o amor. O primeiro e maior comprometimento que uma pessoa deve ter, é o dela com ela mesma, é se amar incondicionalmente, é ser verdadeira com seus próprios sentimentos.
O que adianta ir à aquela reunião sem a mínima vontade, sem o comprometimento de estar ali por inteiro, e rir para todos como se tudo estivesse ótimo? Estará sendo social ou hipócrita? Seja verdadeiro com você. Será mesmo que você tem que, tem que, tem que…? Não, você escolhe, o poder é seu, não deposite o seu poder de escolha no externo, tome as rédias de sua vida!
Felicidade não é uma meta, ou algo para se conquistar, como uma medalha de ouro ao final de uma prova, e sim, um estado de ser, de ser feliz agora e sempre. É uma questão de escolha, de escolha de cada um.
O caminho que encontrei para me auto analisar, foi através da meditação Ráshuah *.
No dia 1º de novembro de 2007, comecei a freqüentar o Instituto Ráshuah do Brasil. Quero deixar claro que não se trata de uma religião; pelo contrário, pessoas de todas as religiões freqüentam, até as que não têm religião, pois o Ráshuah é uma filosofia de vida, é uma escola de meditação e possui um núcleo de terapias holísticas.
Agora, isso não quer dizer que não se tenha a "religação", significado de religião. Conectamo-nos com a nossa essência, com a espiritualidade. Ráshuah é um método de amor, de respeito e de gratidão. Todos os que lá chegam buscam tornar-se cada vez mais um ser humano melhor. Melhor para si e para o outro. Fui em busca de aprender a meditar, e lá encontrei muito mais. Encontrei uma família.
Cheguei no Instituto aos pedaços. Sofria muito, pois estava passando por um momento bem difícil
Encontrei no Ráshuah uma família que me deu colo e cuidou de mim, como uma mãe e um pai cuidam de seu filho, com a energia da proteção, da entrega, da abnegação, do amor. A partir daí, pude começar a me ajudar e ajudar o próximo.
A cada aprendizado, a cada semana que se passava, eu me sentia mais forte, e começara a encontrar minha verdadeira base, que sempre esteve dentro de mim e nunca enxergara. Na verdade, eu começara a enxergar a vida através das lentes do amor. Como tudo se torna mais simples. Não que os problemas não aconteçam, mas você os encara com uma outra energia e consciência.
Por falar em energia, aprendi que atraímos tudo o que estiver na mesma freqüência. Sendo assim, você aprende que o problema não está no outro, e nem no externo, e sim em você.
Ao vibrar, você estará atraindo tudo que estiver na mesma sintonia, somos como ímãs, pode acreditar. Seu pensamento gera um sentimento, e este gerará atos e palavras. Vigie seus pensamentos. Coloque-os no agora, pois só no agora temos o poder. O que temos além desse momento? Nada. Passado não volta e o futuro é abstrato. Não temos como mudar o ontem e nem podemos controlar o futuro. Esteja no "hoje" e sinta-se bem. A escolha está em nossas mãos. Somos o nosso destino.
As pessoas sofrem querendo mudar o passado, ou trazendo o passado o tempo inteiro à tona. Sofrem querendo que tudo saia como o planejado no futuro. Ao tentar controlar pessoas e eventos, esses dois fatores, aliados aos padrões de pensamentos que foram criados em nossa infância, nos causará frustração, e a consequência será a raiva.
Aprendemos através das diferenças a cada instante usando o arbítrio. A nossa escolha nos direciona, nos norteia, e com isso caminhamos. Cada passo deve ser percebido, preste atenção agora, nesse momento a sua volta, quanta coisa esta acontecendo. Nada? Não diga nada. Muita coisa acontece e você não consegue perceber.
Como estão acomodadas suas mãos, seus pés, seu corpo, como está o ambiente à sua volta? Faça um teste: vá ao banheiro escovar os dentes. Depois de escovar, diga se percebeu os dentes, ou ficou pensando no que tem que fazer em seguida? Já tomou banho sozinho, ou sempre leva tudo e todos com você para debaixo do chuveiro? Já dormiu sozinho, ou os problemas pulam na cama também e encostam a cabeça junto com a sua no travesseiro? Comprometa-se com você, É você com você, mais ninguém. Só assim poderá comprometer-se com algo ou alguém.
De dentro pra fora… O mundo a sua volta não está como gostaria? Mude para que ele mude. Sei que não parece simples, mas é muito mais simples do que parece.
Thatiana Pagung